16 fevereiro, 2007

O último "auto de fé" em Portugal (C - 004)

Durante uma visita de estudo a Monsanto senti-me nuito impressionada com a atmosfera geral da cidade e particularmente nesta rua e diante esta casa.
Deixei o grupo de professores meus colegas se afastar, para tentar compreender, ser só sentidos.
E foi silêncio e o tempo como que parado e uma estranha sensação de perigo latente.

Bati a foto e saí quase correndo. Os meus amigos perguntaram se me sentia mal ao me verem tão alterada.

Dias depois, já em casa, lembrei-me duma antiga notícia de jornal em que era referido o último "Auto de Fé" em Portugal (1931). Em breves palavras lembravam como naquela vila aparentemente pacífica o povo queimara uma jovem acusada de bruxaria.
E aí eu revi a serra agreste, as casas de granito, fechadas como fechados e agrstes eram as mulheres de negro que encontramos. não havia crianças nem risos apenas o vento corria solto pela cidade trazendo os cheiros bravios da serra.

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